martedì 3 dicembre 2013

Il sertão baiano oggi e ieri. La guerra di Canudos e l'attuale situazione economica dell'interno dello stato di Bahia


Riporto qui un interessante articolo di approfondimento sulla regione interna dello stato di Bahia, sconosciuta normalmente ai turisti, ma sicuramente molto affascinante e completamente diversa dalla zona litoranea. La scarsità di piogge ha da sempre condizionato questi territori e, complice l'isolamento delle popolazioni, date le grandi distanze fra un paese e l'altro, ha fatto sì che ci fossero sempre grandi differenze anche culturali rispetto alla zona litoranea. 
Tipico paesaggio del sertão nordestino, qui nei dintorni di Monte Santo, Bahia

La guerra di Canudos
Proprio da questi fattori, durante la fase di passaggio dalla monarchia alla repubblica, si formarono qui comunità che non riconoscevano il nuovo stato (soprattutto le pesanti imposte che non offrivano alcun servizio in cambio). Mi riferisco in particolare all'esperienza di Canudos, un paesino che crebbe enormemente (passando da poche centinaia a 25000 abitanti) attorno al proprio leader religioso Carismatico Antonio Conselheiro e che venne repressa violentemente dall'esercito della neonata repubblica fra il 1896 e il 1897. Si stimano in 25000 le vittime di questi combattimenti, che terminarono con la completa distruzione di Canudos.
Statua di Antonio Conselheiro a Monte Santo, Bahia

Sicuramente vanno citati libri classici della letteratura brasiliana, che raccontano la guerra secondo i diversi punti di vista: quello ufficiale (ed ipocrita, aggiungo io) della repubblica nell'opera Os sertões di Euclides da Cunha, giornalista che passò 3 settimane nel conflitto e cercò di tracciare le radici socio-culturali-ambientali della Guerra, ovvero l'isolamento di queste popolazioni, le dure condizioni di vita, le condizioni climatiche. Il ritratto è quello di una popolazione quasi inselvatichita, ben lontana da quella paulista, che cercava di imitare lo stile di vita europeo.
Molto bello anche il lungometraggio di Sérgio Rezende Guerra de Canudos
Gli sconfinati paesaggi del sertão, visto qui dalla collinetta di Monte Santo, Bahia
L'economia di oggi
Il territorio, che oggi si sta lentamente riprendendo dopo il perido con maggior scarsità di pioggia degli ultimi 50 anni, raggruppa municipi che presentano piogge inferiori agli 800mm l'anno. Inoltre è comune la mancanza di infrastrutture, sia in un efficiente sistema di trasporti, sia nella mancanza di strutture industriali, sia nella mancanza di fognature (meno del 30% dei municipi hanno una rete fognaria).
La conseguenza di questo sono i numeri che si riferiscono all'intero stato d Bahia: circa 2,4 milioni di Baiani (il 15 % del totale nazionale) vivono in stato di indigenza, con reddito al di sotto di R$ 70 al mese (circa 25 Euro). Nello stato di Bahia, è nel sertão che si concentra addirittura il 61% dei poveri, quasi 1,6 milioni di persone.
Gli investimenti nel settore vinicolo
Qualcosa almeno negli ultimi anni si sta muovendo, almeno in alcune zone. Intorno al fiume São Francisco, nel municipio di Casa Nova, è presente da anni l'unica azienda vinicola del sertão, che produce lo spumante più venduto nel Brasile; trattasi del Terranova Moscatel dell'azienda Miolo-Ouro Verde, uno spumante bianco con 7% di alcool. Questo, negli ultimi anni, ha aperto le porte al turismo, anche straniero, legato all'uva e al vino.
I ricercatori dicono addirittura che i vini di questa regioni presentano percentuali più elevate di resveratrolo - un fenolo non flavonoide rinvenuto nella buccia dell'acino d'uva, a cui è attribuita una probabile azione antitumorale, antiinfiammatoria e di fludificazione del sangue, che può limitare l'insorgenza di placche trombotiche - rispetto ai più rinomati vini europei o argentini.



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da un articolo di Wladmir Pinheiro e Daniela Leone (www.correio24horas.com.br)

Semiárido: maior região do estado, seca e pobre, tem atraído investimentos
O PIB do Semiárido se aproxima dos R$ 38 milhões, quase 28% da riqueza produzida pelo estado


O território que hoje se recupera de sua pior seca nos últimos 50 anos, segundo a ONU, reúne municípios com características que vão muito além do baixo índice de chuvas, em geral, abaixo dos 800 mm por ano. Em comum, também, a falta de infraestrutura, seja na falta de um sistema de transporte que interligue a região, na ausência de uma rede que estruture a produção econômica, ou na inexistência de saneamento público na maioria das vezes (menos de 30% dos municípios tem rede de esgoto).



Os números do Censo de 2010 do IBGE mostram o resultado da equação de todos os fatores acima: a Bahia é o estado que abriga, em termos absolutos, o maior número de miseráveis em todo o país. 

Os dados mostram que aproximadamente 2,4 milhões de baianos, 15% do total nacional, vivem com uma renda mensal de até R$ 70 na Bahia. Quando o olhar recai sobre o Semiárido baiano, os números são mais alarmantes. É lá onde vivem 61% dos miseráveis baianos, quase 1,6 milhão de pessoas.

atraso Se a seca explica, em parte, a aridez social e econômica do estado, a falta de políticas regionais que observem o potencial de cada município e o fortalecimento de uma teia que interligue e ligue essas regiões ao restante do estado explica a permanência histórica do atraso do Semiárido. É o que aponta o especialista em Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Galindo.


“Apesar dos inúmeros programas de governo, não existem muitas políticas regionais que levem em conta a cultura e os problemas locais para fazer as mudanças adequadas. Há políticas públicas que, a depender do recorte, acabam incidindo em determinadas regiões. Como as políticas sociais que têm muito impacto nas famílias do Semiárido, ou do programa de aposentadoria rural ou de agri cultura familiar. Não resolve aplicar políticas para agricultores do sul do país no Nordeste, porque não adianta”, explica Galindo.


O isolamento geográfico do Semiárido desemboca na produção da economia. Segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão ligado à Secretaria do Planejamento (Seplan), o PIB do Semiárido beira os R$ 38 milhões, o equivalente a 28% da riqueza produzida pelo estado.



O setor industrial é ainda mais escasso: apenas 18% do PIB da Bahia vem das indústrias do Semiárido. Por outro lado, quase 50% da riqueza agrícola do estado vem do Semiárido. Boa parte do que se come na Bahia vem do Semiárido: de Irecê, Vitória da Conquista, Ribeira do Pombal,  Chapada Diamantina, Juazeiro e do Paraguaçu.


Mas a seca castigou muitas dessas regiões. “O prejuízo estimado durante a seca foi de R$ 7,2 bilhões. Esse número representa apenas 4% do PIB baiano, que ficou em R$ 135 bi, mas o impacto disso nos municípios pequenos do Semiárido é devastador”, explica o mestre em economia e assessor técnico da SEI Rafael Cunha.


Uma série de programas está sendo desenvolvida para aproveitar o potencial do Semiárido, na maioria das vezes escondido pela seca. Na agricultura, pesquisas permitiram que o Norte do estado se tornasse um importante polo de agronegócio, com exportação, inclusive, de frutas para a Europa. 

Investimentos em energia eólica, da Renova Energia, também já movimentam a região, mesmo antes de entrar em operação. A riqueza do subsolo passou a atrair, nos últimos anos, investimentos bilionários no setor de mineração.

Programas

A verba destinada pelos benefícios sociais do governo federal, em especial aposentadoria e Bolsa Família, tem movimentado o comércio das cidades do Sertão, permitindo a atração de novas empresas e aumento na arrecadação das prefeituras.


“O ICMS de Serrinha quase que dobrou nos últimos quatro anos. O crescimento da cidade chega aos 15% ao ano”,diz o prefeito da cidade, Osni Cardoso, também presidente da Concisal (Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável), que reúne 19 municípios. 

Isso se dá, especialmente, segundo Osni, pelos novos pontos do comércio e pelas pequenas fábricas instalados em Serrinha, atraídos em boa parte pelas compras de quem recebe o Bolsa Família e aposentadoria.


Uma ação puxa a outra e Serrinha tem recebido investimentos também em estabelecimentos de ensino. “O Sertão precisa acabar com esse estigma de que não é produtivo. Não crescemos na velocidade que deveríamos pela falta de investimentos do passado. Mas é possível sim mudar”, diz Osni.


Espumante mais vendido no Brasil é produzido no Semiárido

As uvas cultivadas em Casa Nova também despontam como uma preciosidade do Semiárido baiano. O município localizado no Vale do Submédio São Francisco vem se desenvolvendo nos últimos anos como um novo polo vinícola. “Somos uma referência não só nacional, como internacional. A região recebe muitos turistas brasileiros e estrangeiros, e os enófilos, os amantes dos vinhos, saem de vários países para degustar os vinhos in locu”, comemora o pesquisador em enologia Giuliano Pereira, da Embrapa Uva e Vinho/Semiárido.

É na cidade de Casa Nova onde está instalada a única vinícola da Bahia. “A vinícola Miolo-Ouro Verde produz o vinho mais vendido do Brasil, que é o Terranova Moscatel, um espumante branco com 7% de álcool, que caiu nas graças do brasileiro. É um exemplo de sucesso de mercado, que vem sendo adotado por outras vinícolas”, destaca.


Estudos sinalizam ainda que os vinhos dessa região podem trazer mais benefícios à saúde humana. “Os primeiros resultados, em comparação com os obtidos com vinhos de países como França e Argentina, mostram que os vinhos do Vale apresentam teores mais elevados de resveratrol (com influência no combate às doenças do coração)”, disse.

Da iguaria ao minério, quando o Sertão pode dar certo

O chef paulista Leonardo Chiappetta é fã do umbu, típica iguaria do Sertão baiano. “Aprovo com muito orgulho. É uma referência nacional”, elogia. Gosta tanto que encomenda a fruta direto da caatinga mensalmente e até criou uma calda feita com ela. Descendente de italianos, Leonardo serve a receita no Empório Chiappetta, tradicional loja do Mercado Municipal de São Paulo, aberta por sua família em 1908. “Sirvo a calda junto com sorvete e é um sucesso”, conta.


A calda de umbu foi desenvolvida pelo chef há quatro anos, em parceria com a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), que garante um complemento de 30% na renda de 450 famílias do Semiárido baiano durante o ano inteiro. Os 18 produtos do catálogo da Coopercuc também são exportados para França, Itália, Áustria e Alemanha.


Como o CORREIO mostrou, na segunda-feira, cidades do Sertão têm atraído outros investimentos: dos 36 projetos de mineração, 25 estão no Semiárido. A Bahia está  em quinto lugar no ranking do país, mas lidera a produção nacional em vários bens minerais. A perspectiva é que o estado deve alcançar até 2015 o terceiro lugar na produção nacional.


Dependência do governo também para empregos

A taxa de ocupação formal no Semiárido é de apenas 28%, segundo o IBGE. Algumas regiões do Semiárido acabam concentrando a maior parte desses empregos, como os polos calçadistas de Jequié e Itapetinga, ou a fruticultura do São Francisco, concentrado em Juazeiro. Porém, a maior parte dos empregos nos municípios do Semiárido, assim como do interior do país, flutua ao redor da administração pública.

 

Rafael Cunha, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia  (SEI), afirma que passa pelas cooperativas regionais uma das formas de se buscar soluções particulares para alguns problemas.


“Nada melhor do que os próprios moradores para chamar atenção do governo e da sociedade para a busca de soluções, ou de conclusões de obras estruturantes que desenvolvam o Semiárido. Já há bons exemplos no Brasil”, defende


O pesquisador do Ipea Ernesto Galindo também criticou a forma como foi concebida e distribuída a malha do sistema de transporte do país, deixando às margens do progresso regiões como o Semiárido. 

“Infraestrutura não resolve tudo porque integração é uma das coisas mais difíceis de se fazer. Porém, todo o desenvolvimento de transporte no país nunca foi pensado para integração, mas para escoamento produtivo”, lembra.


sabato 30 novembre 2013

Gli OGM sono dannosi per la salute?

Ieri, al supermercato, sono stato colpito dalla grande quantità di alimenti con il simbolo 
 e la sigla indicante "contém milho transgénico". L'argomento OGM (organismi geneticamente modificati, ovvero specie di piante o animali creati in laboratorio, modificando una parte del DNA di specie già esistenti in natura) è ormai largamente dibattuto già da anni e vi sono ancora forti contrapposizioni e dubbi morali, ambientali e di salute.

L'etichettatura
Innanzitutto, l'indicazione della presenza di un ingrediente geneticamente modificato mi sembra già un primo passo per la trasparenza delle aziende alimentari. In Brasile, dal 2003, la legge obbliga ad apporre il simbolo sopra riportato se il prodotto contiene più dell'1% di ingredienti OGM.
Sotto alcuni esempi di prodotti con questo simbolo
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Ma i furbetti non mancano: diverseimprese continuano a commercializzare i propri prodotti OGM senza apporre l'apposito simbolo. Così, fra il 2011 e il 2012 aziende come Zaeli®, Adria Alimentos do Brasil®, Bangley do Brasil Alimentos®, Bimbo do Brasil®, J. Macedo®, biscoito Kraft Foods®, Nestlé®, Nutrimental®, Oetker® e Pepsico do Brasil®  sono state multate. I sottostanti sono prodotti che, pur contenendo OGM, non riportano la relativa etichetta.

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Capiamoci qualcosa
Quali sono e quali (ammesso che ce ne siano) i reali rischi?
C'è chi dice con assoluta sicurezza che gli OGM non rappresentano un rischio per l'uomo; e chi dice il contrario, affermando che aumenta la possibilità di contrarre allergie o, addirittura, cancro.
Alcune conclusioni però le possiamo trarre:

1. Sono stati creati per sviluppare nuove specie resistenti agli erbicidi. Chi le ha create, imprese produttrici di pesticidi chimici, ha interesse esclusivamente che le piante siano più resistenti agli erbicidi. Implicazioni sulla salute o sull'ambiente passano quindi in secondo (o terzo) piano e non sono certo sollevate dalle stesse aziende.

2. Venendo modificato in laboratorio il codice genetico, le specie create sono "nuove", non esistono già in natura. Bisognerebbe quindi valutare se possono creare squilibri nell'ecosistema, come l'estinzione di specie precedenti.

3. La produzione delle sementi OGM è in mano a pochissime multinazionali, la più importante delle quali è al Monsanto, che non sono ritenuti soggetti moralmente ed eticamente affidabili.

Nel terzo mondo inoltre: 

  • Le piante OGM sono spesso vincolate all'obbligo di riacquisto di anno in anno. Questo implica che i coltivatori, che erano abituati a riseminare il raccolto, devono ricomprare la semente per garantirsi il beneficio dato dall'uso dell'OGM.
  • Le sementi OGM hanno costi superiori, dovendo ammortizzare l'investimento in ricerca necessario per svilupparli.
  • L'impatto dell'acquisto annuale di nuovi semi su soggetti microeconomici che faticano a raggiungere uno stato di sopravvivenza può innescare rapporti di debito prolungato con i rivenditori indebolendo ulteriormente i piccoli produttori.
  • I soggetti economici in grado sfruttare le opportunità offerte dagli OGM sono spesso i grandi produttori o dei possidenti terrieri.
  • L'uso di OGM potrebbe ridurre l'uso di varietà e risorse liberamente fruibili sul territorio.

I consumatori hanno un'alternativa?
Certamente possiamo evitare l'acquisto di prodotti con apposita etichetta OGM. Ma resta comunque il problema che non possiamo controllare se il mais e la soia per l'alimentazione del bestiame sia OGM oppure no. Per la soia OGM, in Italia, vige il  divieto di coltivazione, ma non di importazione.
Del resto, Il maggiore produttore mondiale, la Monsanto, ha annunciato che rinuncia a presentare nuove domande di autorizzazione per la coltivazione degli OGM, puntando tutto sull'importazione dei prodotti che è libera. I paesi privi di divieti di coltivazione saranno quindi utilizzati per la produzione, che sarà poi spedita nei paesi in qui la è vietata la coltivazione ma non l'importazione, come l'Italia.

Per saperne di più
Il materiale che si trova in rete è immenso. Non potendo qui dilungarmi eccessivamente, fornisco alcuni link interessanti. Molti altri li potete trovare con una semplice ricerca.




giovedì 28 novembre 2013

Altre 2 vittime nella preparazione della coppa del mondo in Brasile

dal sito www.lastampa.it


Crolla lo stadio dei Mondiali
Almeno due morti in Brasile

Parte della struttura che copre lo stadio Itaquerao a San Paolo è crollata in mattinata (Foto postata su Twitter)

San Paolo, il dramma nella struttura scelta per l’inaugurazione di giugno
SAN PAOLO
Doveva essere il simbolo della Coppa del mondo in programma il prossimo anno in Brasile - qui è in programma la partita inaugurale del 12 giugno e altre cinque partite- e invece si è trasformato nel giro di pochi istanti in un mostro che si è accartocciato su se stesso. Un gravissimo incidente è avvenuto, infatti, nello stadio Itaquerao di San Paolo, attualmente in costruzione, lo stadio di una delle più importanti squadre del paese verde-oro, il Corinthians. Due vittime feriti alcuni gravi. A causare il disastro, avvenuto all’ora di pranzo, il cedimento di un’enorme struttura metallica proprio mentre veniva collocato l’ultimo modulo nel settore Sud, cedimento che avrebbe fatto cadere a sua volta una gru su un pannello luminoso. A gestire i lavori, recentemente dichiarati ormai conclusi al 94%, la società brasiliana Odebrecht. Al momento tutta l’area è stata chiusa. L’incidente è avvenuto a ridosso del prossimo 6 dicembre quando nella Costa do Sauipe a Bahia si terrà il sorteggio dei Gironi dei Mondiali.  

Il Presidente della Fifa Joseph Blatter e il segretario generale Jerome Valcke via Twitter hanno espresso il loro cordoglio per le vittime dell’incidente dell’Itaquerao. In una dichiarazione ufficiale la Fifa ha però fatto capire che l’inchiesta sulle cause non è di sua responsabilità, sottolineando comunque come la sicurezza negli stadi debba essere una priorità. Mentre non si sopiscono le polemiche sui ritardi generali di consegna delle opere la stampa brasiliana ricorda come questo sia il quarto incidente in uno stadio negli ultimi mesi. Il primo nel giugno del 2012, nello stadio in costruzione di Brasilia, con un bilancio di un morto. Stesso bilancio nell’incidente avvenuto nel corso dei lavori nello stadio dell’Amazzonia a Manaus lo scorso marzo. E ancora un morto lo scorso aprile nel cantiere del nuovo stadio del Palmeiras a San Paolo, stadio questo che però non sarà utilizzato durante i Mondiali.  

Lavorare in Brasile



Premessa


In tempo di crisi sono molti quelli che pensano di trasferirsi all'estero in cerca di lavoro. Se poi, potendo scegliere, si può lasciare il Bel Paese per uno che nell'immaginario collettivo rappresenta la bella vita, le spiagge, il mare e tutto quello che una persona può desiderare...beh, allora l'immaginazione può nascondere la realtà. 


Pensarci bene
Non voglio qui né scoraggiare, né incitare certe decisioni, dettate non solo da esigenze economiche, ma anche e soprattutto esistenziali, quindi assolutamente personali e da rispettare.
Il Brasile non è un paese per fare esperimenti, in cui basta aprire il chiosco sulla spiaggia per campare bene.

Prima di fare un investimento di tempo o denaro, prendete in considerazione ogni aspetto, non solo economico. Ricordatevi che non è detto che se avete avuto successo con un'attività in un Paese, dobbiate per forza averlo anche in un altro; ogni luogo ha le sue abitudini: studiate prima bene il mercato, i comportamenti d'acquisto, il modo di pensare dei consumatori.

Il visto
E' il primo ostacolo da superare. Non si può partire dall'Italia come turisti e cercare lavoro (almeno regolarmente). Lavorare senza un regolare visto (ricongiungimento familiare, investimento) è assolutamente illegale e non vi assicurerà alcun diritto né forma di tutela legale. 

Il visto per lavoro viene richiesto direttamente dall'azienda brasiliana che seguirà la trafila burocratica connessa. Può essere richiesto tramite consolato brasiliano in Italia, o tramite domanda alla  Coordenação de Imigração do Ministério de Trabalho. Potrebbero essere richiesti ulteriori documenti che attestino le vostre specifiche competenze.
In questa pagina trovate la lista (minima) dei vostri documenti necessari per richiedere il visto tramite il consolato di Roma.

Il visto per investimento è, teoricamente, più semplice del precedente, dipendendo solamente da voi e dalla vostra disponibilità economica. Si ottiene aprendo in Brasile una società con almeno un socio brasiliano partecipante (che può partecipare anche all'1%) con un capitale minimo di 150.000 Reais (circa 50.000 Euro). Deve poi essere prodotto un piano di investimenti triennale della societàe, dopo 2 anni.I soldi trasferiti  restano vostri ed avete tempo per decidere come investirli .Il trasferimento  comporta il pagamento di una tassa obbligatoria dello 0,38%  (IOF ), più le commissioni bancarie. In teoria, potreste anche investire solo una parte dei soldi per l'acquisto di una casa in cui abiterete o che metterete a reddito. L'ottenimento del visto non vi obbliga comunque a vivere sempre in Brasile, ma a rientrarvi almeno una volta ogni 2 anni. 
Dopo 3 anni bisognerà dimostrare che la società aperta esiste ancora e che il business plan è stato rispettato.
Nei fatti, comunque, le difficoltà burocratiche non mancano: potrebbero venirvi richieste integrazioni di documenti (in particolare relative al numero di dipendenti che intenderete assumere). 
Se volete evitare mal di testa aggiuntivi, rivolgetevi a qualche agenzia seria che si occupa di questa materia (posso consigliarla privatamente, oppure basta cercare sul web).
Il visto per ricongiungimento familiare, naturalmente consente di svolgere attività lavorativa. Sicuramente è il più facile da ottenere, ma non mi consiglierei mai di sposarvi o di fare un figlio con un/una brasiliana per ottenere un misero visto. 

Lavorare in proprio
La maggior parte dei nostri connazionali tenta questa strada. I settori preferiti:turismo, mercato immobiliare, ristorazione. L'investimento iniziale può variare anche di molto, a seconda dell'attività e della zona. Normalmente, le città più piccole richiedono costi più bassi per l'acquisto di immobili, ma bisogna assicurarsi che il "giro" di turisti sia sufficiente. 
Nella ristorazione la concorrenza non manca e bisogna fare molta attenzione alla scelta del personale e alla localizzazione, che determinerà il tipo di clientela che frequenterà il vostro locale. 
Nel mercato immobiliare i migliori affare si fanno acquistando un terreno e costruendovi, per poi vendere o affittare l'immobile finito. Ma le competenze richieste e la trafila burocratica non sono per tutti. 
Insomma, leggete quante più esperienze possibili nel web, andate sul posto e studiate bene il mercato. E non abbiate fretta.

mercoledì 27 novembre 2013

Guidare in Brasile


Premessa


Noleggiare un'auto può essere una buona opzione per visitare in maniera più libera una regione del Brasile. Bisogna però fare attenzione ad alcune cose:
-- i brasiliani, soprattutto nel nord-est sono guidatori a dir poco spregiudicati; anche se siete abituati a districarvi nel traffico di Roma o Milano dovrete abituarvi, ed in fretta, alla mancanza di senso del pericolo dei verdeoro. Mantenete sempre un livello di attenzione massimo e cercate di non andare né troppo piano, né troppo veloci.
-- non tenere in vista oggetti di valore; in particolare, non guidare con il braccio fuori dal finestrino se avete un orologio, non lasciare cellulare o portafogli sul cruscotto, non tenete borse o sacchetti sul sedile del passeggero, né su quelli posteriori. Preferite, se possibile, un'auto con vetri oscurati.

Se noleggiate un'auto da turisti
Se siete in Brasile come turisti, potete guidare con la patente italiana, accompagnata dal passaporto (da marzo 2010. Prima era necessaria la patente internazionale o la traduzione giurata di quella straniera). Consiglio comunque di stampare e portare con sé il testo della normativa del 2010, che potete trovare a questo link http://arpen-sp.jusbrasil.com.br/noticias/2401199/resolucao-360-contran-fixa-norma-para-estrangeiro-conduzir-veiculos-no-pais 
L'art. 1 recita infatti:
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, desde que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional quando amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprovados pela República Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação de origem.

Prezzi
A novembre 2010 il costo di un modello base a Salvador con chilometraggio illimitato oscilla tra i 75 reais al giorno e i 90 reais (utilitaria con aria condizionata). Normalmente si può risparmiare prenotando via internet o telefonicamente, mentre all'aeroporto ho trovato prezzi decisamente più alti (circa 140 Reais). Normalmente, verrà applicato uno sconto a partire dal 7° giorno. 
Consiglio una ricerca su internet digitando: aluguel carro Salvador; troverete così diversi portali che comparano i prezzi di diversi siti, aiutandovi a trovare quello più conveniente.
Normalmente è richiesta una cauzione che oscilla tra i 700 e i 1200 Reais, che verrà "bloccata" dalla carta di credito. 
Attenzione a verificare la presenza dell'assicurazione, se l'auto può essere guidata da più di un conducente e eventuali limiti chilometrici.


Se siete residenti in Brasile
Gli stranieri residenti in Brasile, invece, devono effettuare presso il DETRAN un test psicotecnico ed una visita medica per ottenere la patente brasiliana; è necessario presentare il proprio numero RNE (registro nacional de estrangeiro), che non sempre viene rilasciato al momento dell'ottenimento del visto. A volte può ritardare mesi o anni dopo l'ottenimento del visto, rischiando così di dover guidare "fuorilegge". Ricordo che chi ottiene il visto attraverso il consolato brasiliano in Italia per ricongiungimento familiare, ottiene il numero RNE al momento della registrazione dell'ingresso in Brasile presso la polizia federale (entro 1 mese dall'ingresso in Brasile).



martedì 26 novembre 2013

Lo spettro della Dengue

Periodicamente si leggono sui giornali notizie sulle statistiche dei casi di dengue, che nei casi più gravi può portare anche alla morte. Vediamo quindi di fare chiarezza e di capire il reale rischio che rappresenta questo virus per chi si reca a Salvador. 


Di cosa di tratta
E' una malattia infettiva tropicale causata dal virus Dengue, trasmesso all'uomo dalla zanzara Aedes aegypti. Il virus esiste in quattro sierotipidifferenti (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4) e generalmente l'infezione con un tipo garantisce un'immunità a vita per quel tipo, mentre comporta solamente una breve e non duratura immunità nei confronti degli altri. L'ulteriore infezione con un altro sierotipo comporta un aumento del rischio di complicanze gravi.
Curiosa la storia di questa malattia, piuttosto limitata fino alla seconda guerra mondiale, a partire dalla quale, ha registrato un drastico aumento nelle zone tropicali di tutto il mondo, dall'Asia all'America tanto che tra il 1960 e il 2010, l'incidenza della dengue è aumentata di circa trenta volte.


I rischi

La maggior parte di chi contrae la dengue si riprende senza problemi, mentre la mortalità è dell'1–5% qualora non venga instaurato alcun regime terapeutico e inferiore all'1% nel caso di trattamento adeguato. Tuttavia le forme più gravi della malattia conducono a morte nel 26% dei casi. La dengue è endemica in 110 paesi e infetta dai 50 ai 100 milioni di individui ogni anno, con circa mezzo milioni di persone che necessitano di ospedalizzazione e 12.500-25.000 decessi. Come malattia tropicale la dengue è ritenuta seconda in importanza solo alla malaria, e l'Organizzazione mondiale della sanità la considera una delle sedici malattie tropicali trascurate.

I quartieri di Salvador con più alto indice di infestazione






















Segni e sintomi 

La fase febbrile è caratterizzata da febbre elevata, spesso superiore ai 40 °C, associata a dolore generalizzato e cefalea e dura solitamente tra i 2 e i 7 giorni. Durante questa fase, il 50-80% dei pazienti con sintomi presenta un rash cutaneo, che inizia tipicamente durante il 1º o 2º giorno di sintomi come un eritema, per assumere tra il 4º e il 7º giorno un aspetto morbilliforme. La febbre ha classicamente un andamento bifasico, ripresentandosi per un paio di giorni dopo la risoluzione iniziale, anche se il fenomeno ha una durata e delle tempistiche molto variabili.


Prevenzione

Purtroppo non esiste un vaccino, quindi la prevenzione consiste nell'evitare la puntura della zanzara, facendo attenzione a non favorirne la riproduzione lasciando contenitori o sottovasi con acqua dove essa possa riprodursi.


In Brasile

Porto Velho, situata in Amazzonia, vicino al confine boliviano,
presenta uno dei più alti indici di infestazione dengue.
Nel novembre 2013 il Ministero della Salute ha dichiarato le 12 capitali a rischio epidemia. Oltre a Salvador, Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo  Grande, Rio de Janeiro e Vitória. 
A Salvador, il 2.5% delle case visitate hanno riscontrato la presenza della larva della zanzara Aedes Aegypti; sono considerati a rischio i municipi che presentano un indice di infestazione fra l'1 e il 3.9 %.
Tre capitali (Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho) hanno registrato un indice superiore al 4%.



fonte: wikipedia, www.correio24horas.com.br