Il sospetto ce l'avevo già. In Brasile il consumismo della nuova classe media e medio-bassa è più esasperato di quello di un italiano medio. Il potersi comprare il primo televisore a schermo piatto, un forno a microonde, una lavatrice, un nuovo computer, la prima automobile spinge molti ad indebitarsi, abboccando alle invitanti esche delle "promozioni" che indicano tassi di interesse 0 quanto invece ti trovi a dover pagare anche il 10% l'anno di interesse.
In Brasile, se sei inadempiente si dice letteralmente che ti "sporcano" il nome, impedendoti di partecipare a concorsi pubblici, richiedere nuovi finanziamenti, aprire un nuovo conto corrente. Periodicamente, le banche offrono la possibilità di negoziare il proprio debito, con notevoli sconti. Il problema è che se non cambia pure l'abitudine, i debiti torneranno presto.
L'articolo che riporto qui sotto in portoghese, parla proprio di come quasi la metà di coloro che hanno negoziato e pagato il proprio debito continua nel brutto vizio di indebitarsi e torna ad essere inadempiente.
Attualmente sono 590mila i baiani inadempienti, per un totale di 400 milioni di Reais. Il tasso di inadempienza a Bahia è del 6,2%, in diminuzione rispetto al 7% di gennaio, a seguito delle numerosi contrattazioni del debito offerte dalle banche.
40% de quem renegocia dívida volta a sujar nome
O final do ano é a melhor época para que o consumidor endividado renegocie seus débitos e deixe de figurar em banco de dados de restrição ao crédito como SPC e Serasa. Muitas instituições, de olho no 13º salário do trabalhador e nas metas de vendas, abrem negociações oferecendo vantagens - como abatimento de juros - aos inadimplentes.
Em Salvador, uma boa oportunidade para isso é o Feirão do Nome Limpo, que acontece, na próxima semana, no Centro de Convenções (ver serviço). Mas, para que a negociação realmente valha a pena, o recomendado é que a dívida seja liquidada em sua totalidade. E é preciso que o consumidor adote nova postura, para evitar cair em tentação e sujar o nome poucos meses depois.
Segundo dados apresentados pelo superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, Carlos Roberto Oliveira, cerca de 40% dos inadimplentes que reabilitam seu crédito voltam a sujar o nome no período de até um ano.
O dado é nacional, pois a pesquisa não foi feita com recorte estadual. Se fosse, a Bahia apresentaria uma taxa de reincidência maior. “É natural que seja assim, pois a renda de trabalhadores da Bahia e do Nordeste como um todo é menor que a do Sul e do Sudeste. Sem falar que a questão do desemprego aqui também é mais grave”, disse.
Oliveira afirmou que atualmente são 590 mil baianos inscritos em cadastros de restrição ao crédito que acumulam cerca de R$ 400 milhões em dívidas. Em termos relativos, a taxa de inadimplência na Bahia está em 6,2%. Era 7% em janeiro último e a estimativa é que continue caindo até o final do ano, seguindo tendência nacional ajudada pela abertura da temporada de negociações.
Para ele, o principal motivo para a reincidência de inadimplentes é o desemprego. “O consumidor se compromete com o pagamento e quando perde o emprego perde também a condição que tinha no momento em que fechou o acordo”, explicou.
O segundo motivo é que falta ao consumidor baiano noções de educação financeira. “Cerca de 40 milhões de brasileiros ascenderam para a classe C e estão tendo contato pela primeira vez com operações de crédito. Eles têm dificuldades para entender o mecanismo e de como se organizar para gastar só o que podem pagar”, comentou.
Facilidade
Para o professor de Finanças Corporativas da UniJorge e consultor de finanças pessoais Luciano Lisboa, tanto a inadimplência quanto a reincidência em cadastros de restrição ao crédito se devem à facilidade de acesso ao crédito no Brasil, onde o Banco Central autoriza que um volume de até 52% do PIB seja utilizado pelo mercado financeiro em operações de crédito ao consumidor.
“Outro dia, fiz as contas e somei o crédito que tenho à disposição no cheque especial e nos cartões Visa e Master. Dá R$ 200 mil. É muito mais que minha renda e, portanto, maior que minha capacidade de pagamento”, exemplificou.
Lisboa recomendou que os consumidores inadimplentes aproveitem a oportunidade aberta pela temporada e renegociem suas dívidas. Mas ele é categórico ao dizer que essa renegociação só vale a pena se for para liquidar todo o débito. “O ideal é usar o 13º para zerar a dívida e com o nome limpo contrair novos financiamentos, só que dessa vez em um volume que não comprometa o orçamento”.
Ele reforçou a recomendação ao lembrar que já em janeiro o consumidor tem de pagar impostos como IPTU, IPVA e arcar com reajustes de condomínio, domésticas e da mensalidade e do material escolar. “Todo ano é a mesma coisa. Bancos e financeiras fazem a renegociação. O consumidor vai, paga 20% da dívida e parcela o resto. Com o nome limpo, faz as compras de Natal. Aí, já em abril, deixa de pagar as parcelas e fica mais uma vez com o nome sujo. Não vale. O ideal é pagar toda a dívida” argumentou.
Além de cortar o mal pela raiz, que é o pagamento da totalidade dos débitos, Lisboa também apregoou que o consumidor faça uma planilha com a previsão de receita e despesa de todos os meses do ano. E que as despesas somem um máximo de até 30% das receitas, incluindo aí a mensalidade da escola dos filhos e as prestações do carro e do imóvel. “Fica mais fácil controlar o orçamento assim e ainda se visualiza o melhor mês para uma compra de maior valor ou se é melhor pagar uma prestação menor por mais vezes ou uma maior por menos tempo”, disse.
Endividada, aposentada vive com R$ 200 líquidos por mês
Joana Rizério
A facilidade de acesso ao crédito, aliado à falta de experiência sobre como usá-lo, faz vítimas como a aposentada Ivani Nascimento Silva, 54 anos. Em 2009, ela contraiu uma dívida com o Bradesco e, desde então, está com o nome sujo.
Ela conta que fez um empréstimo seguido de outro para tentar amenizar as dívidas, mas elas só aumentavam. “Acabei como estou: com menos de R$ 200 de rendimento líquido mensal”, relatou. “Era funcionária pública e, na época, trocamos de banco. Eles ofereciam muita facilidade, empréstimo, crédito. Estava endividada e acabei pegando. Ofereceram vantagens, mas nem peguei tanto dinheiro. No fim, nem consegui resolver meu problema, fiquei devendo ainda mais”, falou.
Ivani foi ontem à sede da CDL, no Comércio, para levantar quanto deve. O total, com juros, ultrapassa R$ 4 mil. Fechou um acordo que pode pagar: R$ 170 mensais durante 20 meses a partir do próximo dia 1º.
SPC divulga produtos mais procurados no Natal
Joana Rizério
Uma pesquisa do Sistema de Proteção de Crédito (SPC) feita em 27 capitais brasileiras revelou, ontem, quais são os produtos e presentes mais desejados do Natal. Computadores, notebook e tablets lideram a lista de desejos, com 51% do total. O órgão ainda aponta que os brasileiros devem gastar cerca de 30% a mais com os presente este ano, em relação a 2012.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Antoine Tawil, o esperado pelo SPC em termos nacionais difere do que promete ser o comércio baiano durante o Natal. “Eles esperam 30%, mas acreditamos que vamos ter uma média de cerca de 10 pontos percentuais mais baixos que isso. Infelizmente, a realidade em Salvador e no interior não é essa não, é bastante inferior”, disse.
Entre os motivos listados para o aumento previsto nos gastos natalinos em âmbito nacional está o 13º salário. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, não há surpresa: “A injeção de dinheiro na economia por conta do 13º será de R$ 143 bilhões, 10% a mais que em 2012 (dados do Dieese)”.
Serviço
O quê - Feirão do Nome Limpo
Onde - 2º piso do Centro de Convenções da Bahia (Boca do Rio)
Quando - de 26 a 30 de novembro, das 8h às 18h. Senhas para atendimento distribuídas até as 17h
O que levar - O consumidor interessado em quitar e renegociar dívidas para sair do cadastro de restrição de crédito deve levar CPF e documento de identidade com foto
Em Salvador, uma boa oportunidade para isso é o Feirão do Nome Limpo, que acontece, na próxima semana, no Centro de Convenções (ver serviço). Mas, para que a negociação realmente valha a pena, o recomendado é que a dívida seja liquidada em sua totalidade. E é preciso que o consumidor adote nova postura, para evitar cair em tentação e sujar o nome poucos meses depois.
Segundo dados apresentados pelo superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, Carlos Roberto Oliveira, cerca de 40% dos inadimplentes que reabilitam seu crédito voltam a sujar o nome no período de até um ano.
O dado é nacional, pois a pesquisa não foi feita com recorte estadual. Se fosse, a Bahia apresentaria uma taxa de reincidência maior. “É natural que seja assim, pois a renda de trabalhadores da Bahia e do Nordeste como um todo é menor que a do Sul e do Sudeste. Sem falar que a questão do desemprego aqui também é mais grave”, disse.
Oliveira afirmou que atualmente são 590 mil baianos inscritos em cadastros de restrição ao crédito que acumulam cerca de R$ 400 milhões em dívidas. Em termos relativos, a taxa de inadimplência na Bahia está em 6,2%. Era 7% em janeiro último e a estimativa é que continue caindo até o final do ano, seguindo tendência nacional ajudada pela abertura da temporada de negociações.
Para ele, o principal motivo para a reincidência de inadimplentes é o desemprego. “O consumidor se compromete com o pagamento e quando perde o emprego perde também a condição que tinha no momento em que fechou o acordo”, explicou.
O segundo motivo é que falta ao consumidor baiano noções de educação financeira. “Cerca de 40 milhões de brasileiros ascenderam para a classe C e estão tendo contato pela primeira vez com operações de crédito. Eles têm dificuldades para entender o mecanismo e de como se organizar para gastar só o que podem pagar”, comentou.
Facilidade
Para o professor de Finanças Corporativas da UniJorge e consultor de finanças pessoais Luciano Lisboa, tanto a inadimplência quanto a reincidência em cadastros de restrição ao crédito se devem à facilidade de acesso ao crédito no Brasil, onde o Banco Central autoriza que um volume de até 52% do PIB seja utilizado pelo mercado financeiro em operações de crédito ao consumidor.
“Outro dia, fiz as contas e somei o crédito que tenho à disposição no cheque especial e nos cartões Visa e Master. Dá R$ 200 mil. É muito mais que minha renda e, portanto, maior que minha capacidade de pagamento”, exemplificou.
Lisboa recomendou que os consumidores inadimplentes aproveitem a oportunidade aberta pela temporada e renegociem suas dívidas. Mas ele é categórico ao dizer que essa renegociação só vale a pena se for para liquidar todo o débito. “O ideal é usar o 13º para zerar a dívida e com o nome limpo contrair novos financiamentos, só que dessa vez em um volume que não comprometa o orçamento”.
Ele reforçou a recomendação ao lembrar que já em janeiro o consumidor tem de pagar impostos como IPTU, IPVA e arcar com reajustes de condomínio, domésticas e da mensalidade e do material escolar. “Todo ano é a mesma coisa. Bancos e financeiras fazem a renegociação. O consumidor vai, paga 20% da dívida e parcela o resto. Com o nome limpo, faz as compras de Natal. Aí, já em abril, deixa de pagar as parcelas e fica mais uma vez com o nome sujo. Não vale. O ideal é pagar toda a dívida” argumentou.
Além de cortar o mal pela raiz, que é o pagamento da totalidade dos débitos, Lisboa também apregoou que o consumidor faça uma planilha com a previsão de receita e despesa de todos os meses do ano. E que as despesas somem um máximo de até 30% das receitas, incluindo aí a mensalidade da escola dos filhos e as prestações do carro e do imóvel. “Fica mais fácil controlar o orçamento assim e ainda se visualiza o melhor mês para uma compra de maior valor ou se é melhor pagar uma prestação menor por mais vezes ou uma maior por menos tempo”, disse.
Endividada, aposentada vive com R$ 200 líquidos por mês
Joana Rizério
A facilidade de acesso ao crédito, aliado à falta de experiência sobre como usá-lo, faz vítimas como a aposentada Ivani Nascimento Silva, 54 anos. Em 2009, ela contraiu uma dívida com o Bradesco e, desde então, está com o nome sujo.
Ela conta que fez um empréstimo seguido de outro para tentar amenizar as dívidas, mas elas só aumentavam. “Acabei como estou: com menos de R$ 200 de rendimento líquido mensal”, relatou. “Era funcionária pública e, na época, trocamos de banco. Eles ofereciam muita facilidade, empréstimo, crédito. Estava endividada e acabei pegando. Ofereceram vantagens, mas nem peguei tanto dinheiro. No fim, nem consegui resolver meu problema, fiquei devendo ainda mais”, falou.
Ivani foi ontem à sede da CDL, no Comércio, para levantar quanto deve. O total, com juros, ultrapassa R$ 4 mil. Fechou um acordo que pode pagar: R$ 170 mensais durante 20 meses a partir do próximo dia 1º.
SPC divulga produtos mais procurados no Natal
Joana Rizério
Uma pesquisa do Sistema de Proteção de Crédito (SPC) feita em 27 capitais brasileiras revelou, ontem, quais são os produtos e presentes mais desejados do Natal. Computadores, notebook e tablets lideram a lista de desejos, com 51% do total. O órgão ainda aponta que os brasileiros devem gastar cerca de 30% a mais com os presente este ano, em relação a 2012.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Antoine Tawil, o esperado pelo SPC em termos nacionais difere do que promete ser o comércio baiano durante o Natal. “Eles esperam 30%, mas acreditamos que vamos ter uma média de cerca de 10 pontos percentuais mais baixos que isso. Infelizmente, a realidade em Salvador e no interior não é essa não, é bastante inferior”, disse.
Entre os motivos listados para o aumento previsto nos gastos natalinos em âmbito nacional está o 13º salário. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, não há surpresa: “A injeção de dinheiro na economia por conta do 13º será de R$ 143 bilhões, 10% a mais que em 2012 (dados do Dieese)”.
Serviço
O quê - Feirão do Nome Limpo
Onde - 2º piso do Centro de Convenções da Bahia (Boca do Rio)
Quando - de 26 a 30 de novembro, das 8h às 18h. Senhas para atendimento distribuídas até as 17h
O que levar - O consumidor interessado em quitar e renegociar dívidas para sair do cadastro de restrição de crédito deve levar CPF e documento de identidade com foto
fonte: www.correio24horas.com.br
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