martedì 17 giugno 2014

Prima di venire a Salvador, imparate un portoghese basico!

Ma il portoghese si capisce?
Vabbé che noi italiani ci facciamo capire dappertutto con la minima, però non guasta studiarsi un minimo di portoghese prima di arrivare in Brasile. Vi assicuro che risparmierete anche un bel po' di Reais. 
Tanti amici italiani mi chiedono se il portoghese è facile: dipende! Scritto può sembrare molto semplice, basta imparare quelle parole (verbi soprattutto) "chiave" e il senso più o meno viene naturale.
Ma il portoghese parlato è un'altra cosa. 
Sotto pubblico un divertente servizio di una giornalista che si è finta straniera (di lingua inglese) per le strade di Salvador durante i mondiali. Il risultato: neanche nei punti turistici conoscono un minimo di inglese. Un'opportunità in più, quindi, per chi conosce questa lingua e vuole trovare lavoro nel turismo.

fonte: www.correio24horas.com.br

Disfarçada de gringa, repórter do CORREIO sofre em dia de turista

Por um dia, repórter incorporou uma turista da Bósnia que precisava comer e passear por Salvador

Amanda Palma (amanda.palma@redebahia.com.br)
Atualizado em 17/06/2014 08:26:36
  

É difícil ser gringo no Brasil, na Bahia, em qualquer ponto de Salvador. Não é preciso falar nada muito complexo em inglês para que a comunicação seja praticamente impossível sem mímica. E como gringo parece ser sinônimo de dinheiro, tudo que se pergunta, a resposta é o valor do item. Por um dia, eu incorporei a turista da Bósnia que precisava comer e turistar em Salvador.
E não foi fácil. No McDonald's, foram 10 minutos até que eu conseguisse um milkshake de morango. “Can you help me?”, perguntei a um dos atendentes na lanchonete, que tem um cardápio com sanduíches inspirados em sete países do Mundial. Ele não entendeu e chamou outra garçonete para tentar, sem êxito, me ajudar.
Pedi então uma porção de batatas fritas (french fries). “Não, não, não”, ela me disse. Fiquei sem entender porque ali não teria batatas fritas, mas depois percebi que o problema era a falta de inglês mesmo. Então, ela me mostrou uma das comandas onde os pedidos aparecem em inglês.
Resolvi facilitar e apontei para o shake de strawberry (morango). “Vanilla?”, me perguntou a atendente e eu tive que apontar de novo, quase dizendo em um bom baianês que queria era um simples milkshake de morango.
A gerente tentou ainda improvisar um espanhol, mas percebemos que a mímica seria melhor para eu escolher o tamanho da bebida. Se para mim, falsa gringa, foi difícil pedir, pior foi para o grupo que chegou depois de mim na lanchonete.
Quatro gringos, que nem eu consegui entender de onde eram, já que eles misturavam espanhol, português e inglês, tentavam pedir um Mc Cheddar, sem cebola. Um deles precisou ir atrás do balcão e apontar para a imagem do sanduíche onde havia cebola e dizer “no, no”.
Um dia antes, no Shopping Iguatemi, foram necessários seis atendentes da rede para explicar a um espanhol a diferença entre grelhado e empanado. A solução foi levar o gringo pra cozinha e mostrar um taco de frango na grelha.
Bom, se no Mc Donald's, uma rede internacional, dizer strawberry é complicado, no Pelourinho, um ponto turístico da cidade, a situação não é muito diferente. No dia da festa dos holandeses, que coloriu o Terreiro de Jesus de laranja, entrei em três lojas no Largo do Cruzeiro de São Francisco e foi tudo na base da mímica. Apenas um lojista sabia falar inglês, quase incompreensível.

Tentei explicar que não era o valor que me interessava: “No, no, another color”. Ela continuou sem entender. Já aflita, apontei para o vermelho e disse “another color, understand?”. Finalmente ela entendeu e disse, em português, que só tinha bolsa bege.
Achei meu look de gringa meio falso e fui completar com um daqueles chápeus clássicos. Entrei na loja, olhei, olhei e nada. Ninguém veio me atender. Vi umas bolsas de palha interessantes, mas eram todas beges. Perguntei se tinha de outra cor: “Do you have another color?”. Ela olhou a etiqueta e me disse o preço. 
Olhei bonés e chapéus de várias cores. Perguntava por outros tons e ela ainda não tinha entendido, sempre me dizia o preço em português. Como estava difícil entender, ela pegou a calculadora e começou a digitar os valores.
Comprei o chapéu e fui em outra loja procurar por uma camisa tipicamente de turista. Tinham várias, é verdade, o que faltava mesmo era vocabulário para a lojista me explicar sobre os orixás e as estampas de cada camisa.
“What is that?”, apontei, perguntando o que era a imagem de Iansã estampada em uma blusa. “É 65 reais”, respondeu a lojista, em português, me mostrando a etiqueta. Desisti. Eu “não entendia” nada mesmo. Na última loja, o atendente até me fez uma promoção para uma camisa do Brasil. “For you, sixty”, algo como “Para você é R$ 60”.
Deu tempo também de passar no camelódromo da Avenida Sete. Eram tantas camisas do Brasil à venda que eu não poderia perder a oportunidade de ficar ainda mais gringa. Conversei com três ambulantes por mímica e só uma arriscou o inglês: “É torifaive”, disse na tentativa de falar twenty five (25).
Para finalizar, não podia faltar o famoso bolinho de feijão, até por que o que é uma turista sem comer acarajé no Pelourinho?  Lá vou eu até uma baiana de acarajé, que ficou com cara de temerosa logo no “Hi!”. “What is this?”, apontei para as cocadas no balaio.
Ela não entendeu e me disse o preço com sete dedos. Depois, com muito custo, me explicou que era “coconaite com açúcar”. Fiz cara de que entendi, achei mais prudente. “E esse aqui é o famoso acarajé”, me explicou em português, apontando para o bolinho de feijão. E o abará? “Olhe só, é a mesma massa, - me mostrou – só que um é frito e o outro é cozido”, disse em português. E gringo sabe o que é frito ou cozido? Como a boa vontade em explicar já tinha acabado, fui tentar um táxi para a Barra.
Foi quando vi duas espanholas discutindo com um taxista por ter que pagar R$ 10 em um trajeto mínimo. “Não é possível, nós andamos muito pouco para ter que pagar esse valor. Não vamos pagar. O táxi ficou parado!”, bradava a jovem, chateada com a situação.
O taxista já tinha perdido a paciência tentando explicar que o taxímetro tinha rodado, mesmo parado e que ele não tinha culpa do engarrafamento. Eles continuaram discutindo, agora com a ajuda de um agente da Transalvador, que tentava mediar o conflito. No fim, a turista teve que pagar. E eu desisti do táxi, porque já estava difícil demais ser gringa na minha cidade.

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