- Mobilità urbana: il tedesco suggerisce, più che la metropolitana, soluzione che richiede molto tempo e risorse, corsie preferenziali per autobus, separate dal resto della carreggiata e criticale strada enormi (av. Paralela, ACM per esempio) che incentivano le persone a comprare automobili invece di privilegiare il trasporto pubblico.
- Mobilità urbana (2): le fermate degli autobus dovrebbero indicare il tempo di attesa per le varie linee, con monitor costantemente aggiornati in tempo reale. Questo, incentiverebbe le persone ad utilizzare gli autobus.
- Idrovia per il collegamento con l'isola di Itaparica.
- Rifiuti urbani: manca la raccolta differenziata e lo sfruttamento dei rifiuti per la produzione di energia elettrica.
- Energie rinnovabili: sole e vento potrebbero costituire importanti risorse energetiche per la città.
- Mancanza di alberi nel centro storico.
- Mancanza di investimenti in zone pedonali costiere nella periferia, come quella realizzata nel quartiere Barra, con pavimentazione in mattoncini.
- Scarsità e strettezza delle piste ciclabili.
Al tedesco sono invece piaciuti
- Il lungomare del quartiere Barra;
- La metropolitana, anche se dovrebbe essere meglio integrata
Especialista visita Salvador e diz como cidade pode se tornar mais sustentável
Salvador não
fez feio na avaliação do especialista, que aprovou a Barra e Salvador
Vai de Bike, mas se assustou com o trânsito...
Tente
responder: o que Salvador precisa fazer para se tornar uma cidade
sustentável? Vamos lá, a resposta é muito mais difícil do que plantar
umas árvores aqui e ali ou do que colocar lixeiras coloridas para
reciclagem no seu condomínio.
Para responder isso, o CORREIO chamou um gringo que
entende do assunto para dar um passeio e ajudar a pensar em soluções
para a cidade.
O especialista
alemão Steffen Ries, gerente da Academia de Inovação de Freiburg, na
Alemanha, um dos palestrantes da 5ª edição do Fórum Agenda Bahia, topou o
convite e percorreu alguns pontos da capital baiana para dizer o que a
gente ainda precisa fazer se quiser trilhar o mesmo caminho da cidade
onde ele mora, que é considerada a mais sustentável do mundo.
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O
metrô de Salvador demorou 14 anos para sair, com apenas sete
quilômetros, mas isso não é um problema para Steffen Ries... Desde que
ajude realmente no deslocamento das pessoas. “Ele é moderno e
confortável, mas precisa ser mais acessível”. Para o alemão, talvez a
ampliação do metrô nem sirva mais às necessidades de Salvador. “O metrô é
ideal para grandes distâncias e para transportar muitas pessoas, mas é
um investimento muito grande”. Por isso, outras alternativas, como a
implantação do BRT (do inglês Bus Rapid Transit) poderiam ser mais
viáveis. “Provavelmente seria uma possibilidade mais barata e mais fácil
de ser realizada, que poderia beneficiar um maior número de pessoas em
menos tempo”, afirmou.
(Foto: Evandro Veiga) |
Depois
de passar quase sete horas circulando em diferentes bairros, a primeira
coisa que Steffen apontou foi: não existe fórmula mágica. Ou seja, o
que funciona lá em Freiburg pode não funcionar aqui. O que deu certo em
Curitiba, no Sul, também pode não dar certo.
E o que foi implantado em Bogotá, na Colômbia,
talvez seja exatamente o contrário do que Salvador precisa. Ou talvez
não... Talvez todos os exemplos possam ser aproveitados aqui também.
“É sempre bom tirar lições de outros lugares, mas
cada cidade deve adaptar os exemplos para sua realidade, porque o
tamanho é diferente, assim como o clima, a cultura e o estilo de vida
das pessoas. Temos que tentar envolver a população para descobrir o que
ela quer e o que precisa”, sugere Steffen.
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O
piso compartilhado por pedestres, carros e bicicletas da Barra foi uma
das mudanças positivas para a cidade, para Steffen Ries. “O fato de que
está tudo no mesmo nível, além da própria pavimentação, que não é só de
concreto, torna o local mais atraente. Isso lembra as áreas exclusivas
para pedestres que temos nas grandes cidades da Alemanha”, disse o
gerente da Academia de Inovação de Freiburg. Ainda assim, é preciso
tomar cuidado: investimentos assim não podem ser feitos apenas nas áreas
mais nobres. “É importante levar o mesmo tipo de desenvolvimento para a
periferia, porque isso não deve ser exclusividade das pessoas mais
ricas”. (Foto: Evandro Veiga)
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Tempo
E, claro, também não é de uma hora para a outra que
uma cidade se torna sustentável. Mesmo na terra dele, as coisas ainda
não são perfeitas. “Isso é algo que dura em torno de uns 30, 40 anos.
Freiburg estava começando uma cultura de automóveis, mas, a partir da
década de 1970, as coisas foram mudando. Mas ainda há muito a fazer”,
garantiu o alemão.
Primeiro, é importante lembrar que sustentabilidade
não é só usar energia verde ou reciclar o lixo - o negócio vai muito
além disso. “Sustentabilidade fala de ecologia, economia e
desenvolvimento social. Não podemos fazer as coisas boas apenas para as
pessoas ricas. Conseguir fazer isso pode ser mais difícil do que falar,
mas é preciso tornar a sociedade mais igualitária a longo prazo”.
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Freiburg,
a cidade de Steffen Ries, é a prova de que uma cidade pode ser
histórica e, ao mesmo tempo, adotar práticas sustentáveis. Mesmo assim,
no Pelourinho, ele diz que a identidade do local deve ser mantida.
“Poderiam colocar mais árvores aqui e seria um bom local para
transformar em área exclusiva para pedestres, mas não acho que deveriam
mexer muito na paisagem. É preciso preservar o caráter histórico e
cultural do lugar”, pontuou. (Foto: Evandro Veiga)
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O pior da cidade
Quando a reportagem pediu que o alemão elegesse o
que ele achou que foi o maior problema da cidade, Steffen não teve
dúvida: a mobilidade urbana.
“As pessoas não querem usar o transporte público e,
pelo visto, trabalham para comprar um carro. É preciso perguntar aos
moradores quais são os problemas do transporte. Por que elas tentam
evitar os ônibus? Aqui, há questões de segurança e de conforto, além do
fato de que elas esperam muito pelo ônibus, que ficam presos nos
congestionamentos”.
Uma boa saída seria investir na criação de mais vias
exclusivas de ônibus, como as que existem na Avenida ACM e na Avenida
Vasco da Gama.
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“As
ruas aqui são muito grandes!”, exclamou Steffen Ries assim que conheceu
a Avenida Paralela. “Quanto mais espaço para carros, mais vai ter
carros. Em Freiburg, deixamos as ruas mais estreitas. Assim, as pessoas
usam o transporte público”. Os ônibus, no entanto, precisam ser mais
rápidos. Da mesma forma, é preciso disponibilizar mapas das linhas na
cidade e relógios que indiquem quanto tempo falta para que os coletivos
cheguem nos pontos. (Foto: Evandro Veiga)
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“Na
via exclusiva, os ônibus não precisam ficar parados no trânsito como o
resto dos carros, e as viagens são mais rápidas. Se as pessoas começarem
a gastar 20 minutos no ônibus fazendo o mesmo percurso que fariam se
estivessem de carro, vai ser um atrativo para elas”.
Além disso, Steffen diz que os governos federais,
estaduais e municipais deveriam investir em políticas de infraestrutura
para o transporte público. Na Alemanha, de acordo com o especialista, o
governo federal é responsável por subsidiar 85% do valor do transporte
público.
Destino do lixo
Salvador ainda precisa pensar em uma nova solução
para o descarte de lixo, para Steffen. Quando viu que na orla da Barra
só tinha lixeira de uma cor só - azuis - além das subterrâneas, o alemão
ficou surpreso. Só nos contêineires que ficam abaixo da terra o lixo é
separado (entre seco e úmido).
“O lixo não deve ir apenas para os aterros
sanitários, mas ele pode ser uma fonte tanto para reciclagem quanto para
produção de energia”. Mesmo assim, ele acredita que os moradores da
cidade devem encarar como uma prioridade a redução do seu próprio lixo.
E se dá para chegar a uma nova fonte de energia
reaproveitando o lixo - transformado em biogás e, posteriormente, em
eletricidade - também é recomendável investir na produção de outros
tipos de energia limpa.
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Criar
ciclovias, ciclofaixas e até reduzir a velocidade de algumas ruas aos
domingos são maneiras de incentivar o uso de bicicletas. “Entendo que,
no primeiro momento, incentivar a venda de carros ajude a economia, mas
diminui a qualidade de vida da população. Com bicicletas, diminuímos a
poluição sonora, do ar e congestionamentos”. O ideal é que as ciclovias
sejam na altura da rua, como na Ribeira, e não na calçada. “E deviam ser
mais largas, mas já é um começo”. (Foto: Evandro Veiga)
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“Painéis
solares são um bom exemplo disso, mas como a costa de vocês recebe
muito vento, dá para usar isso para produzir energia”.
Ainda tem solução
Apesar dos problemas que encontrou na cidade, o
gringo não desgostou do que viu... Pelo contrário. Steffen experimentou
as estações de compartilhamento de bicicletas do programa Salvador Vai
de Bike na Pituba e ainda conheceu a ciclovia da Ribeira e o piso
compartilhado da Barra.
“Ainda existe muito a se fazer por aqui, com
certeza, mas existe uma melhoria na infraestrutura para os ciclistas. O
simples fato de reduzir a velocidade de algumas ruas aos domingos para
fazer ciclofaixas já ajuda. As estações de bicicletas também estimulam o
uso desse modal, porque pode fazer com que as pessoas que nunca
pensaram em usá-lo comecem a deixar o carro em casa e ir para o trabalho
pedalando”, disse.
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Apesar
de ser a segunda maior baía do Brasil, a Baía de Todos os Santos não
tem nenhuma hidrovia. Além do sistema ferry-boat, que liga Salvador a
Itaparica, e dos terminais marítimos da Ribeira e de Plataforma, os
moradores da região só têm os ônibus como alternativa de transporte.
“Eles poderiam ser beneficiados pela hidrovia, porque não precisa de
muito investimento e a implantação é simples e rápida”. (Foto: Evandro Veiga)
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Daí,
quem sabe, em um futuro próximo, a gente chegue perto da realidade de
Freiburg? Mas não é tarefa fácil: lá, o número de bicicletas é
praticamente o dobro do número de carros. E, só para dar uma ideia, eles
nem precisam de estações de compartilhamento de bicicletas, porque todo
mundo tem a sua... Na verdade, acontece o contrário: tem empresa
especializada em compartilhamento de carros.
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