venerdì 8 novembre 2013

Le molteplici facce dell'inflazione brasiliana





Riporto un articolo dell'economista Miriam Leitao sull'inflazione. Viene qui spiegato come il fatto che l'inflazione negli ultimi 12 mesi sia diminuita per il quarto mese consecutivo, è in realtà una falsa buona notizia. Infatti, bisogna distinguere i prodotti i cui prezzi sono controllati dal governo (carburanti, trasporto pubblico, energia elettrica), che sono aumentati solo dell'1.01%, da quelli liberamente contrattati nel mercato, per i quali l'inflazione ha toccato addirittura il 7.34%. L'inflazione dei servizi ha raggiunto l'8.72%. I prezzi degli alimenti negli ultimi mesi sono invece cresciuti dell'8.88%. Gli affitti aumentati dell' 11.55%. 


A inflação no freezer

A inflação em 12 meses caiu pelo quarto mês seguido, mas a boa notícia acaba aí. A taxa de 5,84%, por si só, já é alta, mas o número fica pior ao saber que os preços administrados subiram só 1,01% no período, enquanto os livres dispararam 7,34%. A inflação está sendo literalmente controlada pelo governo, que colocou vários preços no congelador: gasolina, diesel, tarifa de transporte público, energia.
Enquanto isso, os produtos que são negociados livremente em mercado continuam em alta, chegando a essa taxa de 7,34 (vejam o gráfico, extraído do blog do economista Felipe Salto). A inflação dos serviços foi de 8,72%. O índice de difusão, que mede a quantidade de preços que subiram, chegou a 60%. Segundo o economista Luis Otávio Leal, se os alimentos forem excluídos da conta, o percentual sobe para 67%.
A alta mensal em outubro foi a maior desde fevereiro, mas isso não é o mais importante. A inflação obedece a um calendário que quase sempre se repete. Geralmente, os preços são mais altos no final do ano e mais baixos entre o período de junho a agosto. Por isso, é sempre bom olhar para a taxa em 12 meses e para o mesmo mês do ano anterior. Em outubro deste ano, deu 0,57%. Em outubro de 2012, 0,59%. Na taxa em 12 meses, os mesmos 5,84%. O combate à inflação no período fez poucos progressos.
Os alimentos têm alta de 8,88% em 12 meses e voltaram a subir com o fortalecimento do dólar. As tarifas de aluguel dispararam 11,55%; serviços médicos e dentários, 10,49%. Já a tarifa de energia caiu 15%, mesmo com o uso das termelétricas, mais caras. A conta do subsídio está abalando o superávit primário. Somente em outubro, foram R$ 2 bi gastos para controlar esses preços.
A maior vitória que o Banco Central espera ter este ano é entregar um resultado menor que os 5,84% de 2012, nem que seja por um décimo percentual. Por isso, o governo tem feito tantas contas e olhado tanto para o calendário para decidir quando a Petrobras poderá reajustar a gasolina. A inflação ainda não viu o centro da meta no governo Dilma. Quando voltará para 4,5%, ninguém consegue prever.
Não culpem a chuva
Qualquer chuva é suficiente para se criar um caos nos aeroportos brasileiros, como aconteceu ontem. Isso porque as aéreas não têm protocolo de emergência. O imprevisto é rotina para uma empresa desse ramo, mas as daqui ficam improvisando soluções, fugindo dos passageiros, negando informação. Ontem, o Santos Dumont fechou e isso deixou o aeroporto de Congonhas caótico. Passageiros foram embarcados e desembarcados, depois de esperarem por quase uma hora dentro das aeronaves. Outros ouviram a informação de que “todos os voos estavam cancelados para reorganizar a malha aérea”. Um passageiro disse à coluna que seu voo foi cancelado duas vezes. Mandado de volta ao balcão, foi informado que deveria correr para o embarque. Não há reforma de aeroporto que dê jeito em empresas que não se preparam para emergências, intempéries e inesperados. 
EM RECUPERAÇÃO. A alta de 2,8% do PIB dos EUA no terceiro tri é uma boa notícia, mas coloca pressão sobre o real e a inflação, que já está alta. Ontem mesmo a moeda americana subiu para R$ 2,30.
TESOURA NOS JUROS. O Banco Central Europeu fez o que ninguém esperava: reduziu a taxa de juros para 0,25%. É que a inflação está abaixo da meta, o desemprego, alto, e a economia, fraca. 
ALIMENTO. O preço da cesta básica só não aumentou em Florianópolis e Goiânia este ano, segundo o Dieese.

fonte: www.oglobo.com


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